segunda-feira, 19 de abril de 2010

Fim dos FGTS gera polêmica em Suzano



Enquanto a União Geral dos Trabalhadores - UGT - lidera uma ampla campanha nacional pela recuperação das perdas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS - que já batem na casa dos R$ 58 bilhões - segundo o Instituto FGTS Fácil - em Suzano-SP, o prefeito Marcelo Cândido (PT) enfrenta greves e protestos dos servidores públicos municipais por apresentar uma proposta de reajuste salarial que inclui a mudança do regime celetista para estatutário e acaba com o FGTS para 4,6 mil trabalhadores.

Com o fim do FGTS em Suzano, o depósito de 8% no salário bruto dos funcionários deixará de ser feito e eles poderão sacar o total acumulado. A prefeitura não explicou se pagará os 40% de indenização, previsto em casos de demissão por justa causa, como prevê a lei. Os servidores rejeitam a proposta e continuam com a greve e as manifestações.

Desde 2002, o FGTS acumula perdas de R$ 58 bilhões em relação à inflação do período, segundo o Instituto FGTS Fácil. No ano passado o FGTS foi corrigido em apenas 3,9%, contra inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 4,31%. Caso o cenário em Suzano se confirme, mais de 4 mil e quinhentos trabalhadores de Suzano perderão, além do direito ao FGTS, a oportunidade de sacar o acumulado com uma correção justa diante da realidade brasileira.

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